Cerca de 100 animais já foram capturados na cidade do Vale do Itajaí.
Vigilância Epidemiológica está em alerta por causa de espécie venenosa.
Panfleto foi distribuído para população com esclarecimentos sobre a espécie (Foto: Reprodução RBS TV)
Aparições frequentes de escorpiões amarelos estão preocupando a Vigilância Epidemiológica de Blumenau,
município localizado no Vale do Itajaí. De acordo com a Vigilância, a
pessoa picada tem até uma hora e meia para procurar socorro, pois o
veneno age com rapidez no sistema nervoso central. Cerca de 100 animais da espécie venenosa já foram capturados na cidade em menos de um ano.
Em Blumenau,
existem duas espécies de escorpião. O escorpião preto, que não é
venenoso e se capturado pode ser devolvido para o seu habitat, e o
amarelo, de nome científico tityus serrulatus, que é venenoso.
"A espécie provavelmente veio em algum caminhão de transporte, pois ele
não é nativo daqui, veio primeiro concentrado em um bairro. Agora
sabemos que ele está presente também no Bairro Ponte do Salto. Ele gosta
muito de ficar dentro de casa, dentro dos calçados, embaixo de algum
móvel", afirmou Ivonete dos Santos, diretora da Vigilância
Epidemiológica de Blumenau.
O escorpião amarelo se reproduz rapidamente e em grande quantidade, de
forma assexuada. "Ele só vai produzir fêmeas e tem uma gestação de três
meses. Em cada gestação nascem de 20 a 30 escorpiões filhotes, todos já
com veneno. A espécie se adaptou à nossa cidade porque aqui encontrou
calor, umidade e alimentos, como baratas", relatou a bióloga Beatriz
Alves Garcia.
A Vigilância Epidemiológica trabalha em parceria com a Vigilância
Sanitária para prevenir acidentes com os animais. Os órgãos solicitam
que quem encontrar um escorpião entre em contato para pedir a captura.
"Fazemos captura noturna com uma luz especial que paralisa o escorpião
através do calor", completou Beatriz.
Até esta quinta-feira (24), nenhum caso de picada de escorpião amarelo
foi registrado em Blumenau. A espécie está controlada na cidade, porém
não foi exterminada. Conforme a Vigilância, faltam predadores naturais
da espécie, como galinhas de angola, lagartos e aves de rapina. "A
pessoa picada tem que ir imediatamente no pronto-socorro, não adianta ir
até posto de saúde ou ambulatório, pois o soro é aplicado somente em
ambiente hospitalar", concluiu a diretora da Vigilância Epidemiológica
de Blumenau.
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