Logo nas primeiras músicas do show da banda americana Green Day em Brasília, o vocalista e guitarrista Billie Joe Armstrong abraçou uma bandeira do Brasil e levou para cima do palco dois meninos escolhidos na plateia para cantar com ele. É o tipo de atitude geralmente utilizada por bandas no fim de uma apresentação, como maneira de retribuir a atenção e o carinho do público. Naquele momento, cabia uma pergunta: se o músico fez isso logo no começo do show, não ficaria sem “truques” para o resto da performance? Os aproximadamente oito mil presentes no Ginásio Nilson Nelson na noite de domingo comprovaram que recursos cênicos não faltam ao Green Day.
E eles não são poucos. Vão desde explosões (ruidosas como tiros de canhão), jatos d’água disparados de uma mangueira (muito bem-vindos para aliviar o calorão que fazia lá dentro), chamas disparadas no ar (a temperatura produzida podia ser sentida até nas cadeiras), chuva de papel, de fogos de artifício, “arma” que lança camisetas no ar (algumas foram parar na arquibancada superior), outra que dispara papel higiênico, fantasia de ursinho de pelúcia bêbado, de macarrão instantâneo japonês, até guitarra de brinde para um fã, saxofonista vestido de Elvis (em King for a day), alguns bundalelês de Billie Joe… e, claro, uma interação com o público que permitiu a meninos e meninas subir no palco, abraçar e beijar os músicos, e cantar com eles. Paixão e emoção vinda do público. A banda retribuiu com música, performance e simpatia.
Show de rock, circo e gincana escolar. A primeira vinda do grupo a Brasília teve um pouco de cada. E o melhor de tudo: esse encontro de elementos não soou forçado; pelo contrário, foi carismático e funcionou como complemento à execução das músicas — com muito punch e uma inesgotável energia.
O evento começou com a apresentação da banda brasiliense Tiro Williams, que subiu ao palco às 20h20 e tocou por meia hora. O indie rock do quarteto recebeu uma resposta calorosa de parte do público, principalmente da turma do gargarejo — que, por sua vez, conseguia fazer mais barulho do que a banda toda vez que o baterista do Green Day, Tré Cool, passava por ali para ajeitar alguma peça de bateria. No fim do show, o vocalista Vitor de Moraes pediu para que, em 10 minutos, os presentes cantassem em coro a música Waiting, para dar as boas-vindas a atração da noite.
Gerações
Bastava uma voltinha pelo Nilson Nelson para perceber quão eclético é o público do Green Day. Crianças acompanhadas dos pais, muitos adolescentes e gente de 20 e poucos, 30 anos, roqueiros ou não — ou seja, as gerações que conheceram o Green Day nos anos 2000 e no começo dos anos 1990.
Às 21h19, era possível ouvir Rock’n’roll radio, dos Ramones, canção que costuma abrir os shows do Green Day. Um minuto depois eles já estavam em ação com Song of the century/ 21st century breakdown. Ao vivo, Billie Joe, Tré Cool e o baixista Mike Dirnt são acompanhados por mais três músicos (que se revezam em guitarra, violão, teclados, acordeon e saxofone).
O set list mostrou músicas do passado e do presente da banda, de Basket case, She, Longview e When I come around, passando por Brain stew, Jaded, Minority e Hitching a ride até American Idiot, Holiday, Boulevard of broken dreams, Wake me up when september ends, Vila la Gloria (que não apareceu nos shows de Porto Alegre e Rio de Janeiro) e 21 guns. A balada Good riddance (time of your life) fechou a apresentação, às 23h50. Em 2010, Brasília tem recebido grandes nomes internacionais. Desde domingo, o show do Green Day é forte candidato ao melhor deles.
DISCOGRAFIA
» 1.039/Somoothed out slappy hours (1991)
» Kerplunk! (1992)
» Dookie (1994)
» Insomniac (1995)
» Nimrod (1997)
» Warning (2000)
» American idiot (2004)
» Bullet in a Bible (2005)
» 21st century breakdown (2009)
Set list do show da banda Green Day em Brasília (17 de outurbo de 2010), no Ginásio Nilson Nelson
E eles não são poucos. Vão desde explosões (ruidosas como tiros de canhão), jatos d’água disparados de uma mangueira (muito bem-vindos para aliviar o calorão que fazia lá dentro), chamas disparadas no ar (a temperatura produzida podia ser sentida até nas cadeiras), chuva de papel, de fogos de artifício, “arma” que lança camisetas no ar (algumas foram parar na arquibancada superior), outra que dispara papel higiênico, fantasia de ursinho de pelúcia bêbado, de macarrão instantâneo japonês, até guitarra de brinde para um fã, saxofonista vestido de Elvis (em King for a day), alguns bundalelês de Billie Joe… e, claro, uma interação com o público que permitiu a meninos e meninas subir no palco, abraçar e beijar os músicos, e cantar com eles. Paixão e emoção vinda do público. A banda retribuiu com música, performance e simpatia.
Show de rock, circo e gincana escolar. A primeira vinda do grupo a Brasília teve um pouco de cada. E o melhor de tudo: esse encontro de elementos não soou forçado; pelo contrário, foi carismático e funcionou como complemento à execução das músicas — com muito punch e uma inesgotável energia.
O evento começou com a apresentação da banda brasiliense Tiro Williams, que subiu ao palco às 20h20 e tocou por meia hora. O indie rock do quarteto recebeu uma resposta calorosa de parte do público, principalmente da turma do gargarejo — que, por sua vez, conseguia fazer mais barulho do que a banda toda vez que o baterista do Green Day, Tré Cool, passava por ali para ajeitar alguma peça de bateria. No fim do show, o vocalista Vitor de Moraes pediu para que, em 10 minutos, os presentes cantassem em coro a música Waiting, para dar as boas-vindas a atração da noite.
Gerações
Bastava uma voltinha pelo Nilson Nelson para perceber quão eclético é o público do Green Day. Crianças acompanhadas dos pais, muitos adolescentes e gente de 20 e poucos, 30 anos, roqueiros ou não — ou seja, as gerações que conheceram o Green Day nos anos 2000 e no começo dos anos 1990.
Às 21h19, era possível ouvir Rock’n’roll radio, dos Ramones, canção que costuma abrir os shows do Green Day. Um minuto depois eles já estavam em ação com Song of the century/ 21st century breakdown. Ao vivo, Billie Joe, Tré Cool e o baixista Mike Dirnt são acompanhados por mais três músicos (que se revezam em guitarra, violão, teclados, acordeon e saxofone).
O set list mostrou músicas do passado e do presente da banda, de Basket case, She, Longview e When I come around, passando por Brain stew, Jaded, Minority e Hitching a ride até American Idiot, Holiday, Boulevard of broken dreams, Wake me up when september ends, Vila la Gloria (que não apareceu nos shows de Porto Alegre e Rio de Janeiro) e 21 guns. A balada Good riddance (time of your life) fechou a apresentação, às 23h50. Em 2010, Brasília tem recebido grandes nomes internacionais. Desde domingo, o show do Green Day é forte candidato ao melhor deles.
DISCOGRAFIA
» 1.039/Somoothed out slappy hours (1991)
» Kerplunk! (1992)
» Dookie (1994)
» Insomniac (1995)
» Nimrod (1997)
» Warning (2000)
» American idiot (2004)
» Bullet in a Bible (2005)
» 21st century breakdown (2009)
Set list do show da banda Green Day em Brasília (17 de outurbo de 2010), no Ginásio Nilson Nelson
- 21st Century breakdown
- Know your enemy
- East Jesus nowhere
- Holiday
- Viva La Gloria
- Give me novacaine
- Are we the waiting
- St. Jimmy
- Boulevard of broken dreams
- Burnout
- 2000 light years away
- Hitchin' a ride
- When I come around
- Iron Man /Rock N roll /Sweet child o mine /Highway to hell
- Brain stew
- Jaded
- Longview
- Basket case
- She
- King for a day
- Shout /Break On through /Satisfaction /Hey Jude
- 21 guns
- Minority
- Bis
- American idiot
- Jesus of suburbia
- Bis 2
- Whatsername
- Wake me up when September ends
- Good riddance (Time of your life)
Haha adorei poder ler isso, moro em brasilia e sou muito fã, adorei o seu texto e ainda junto com o video, não fui ao show então fui ver como foi.
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