Em RO, 42 casos de leptospirose são confirmados após 2 meses de cheia
Autoridades projetam situação endêmica e preparam plano de contingência.
Pacientes estão sendo tratados e não tiveram as identidades reveladas.
Crianças brincam em área alagada e correm risco de contrair doenças (Foto: Assem Neto/G1 RO)
Quarenta e dois casos de leptospirose foram confirmados no estado de
Rondônia desde janeiro deste ano, informou o diretor-geral do
Laboratório Central (Lacen), Luiz Tagliari. Todos os pacientes tiveram
contato direto ou indireto com água contaminada, em razão da cheia
histórica do Rio Madeira, que atingiu 19,03 metros nesta terça-feira
(11), diz os prontuários controlados pela Secretaria Municipal de Saúde
(Semusa).
Em Porto Velho,
onde já foi decretado estado de calamidade pública, a possibilidade de
uma pessoa contrair a doença transmitida pela urina de roedores ao
entrar em contato, chega a 25%, revela Luiz Tagliani. “Essa é a média
percentual de positividade entre todas as sorologias realizadas até o
momento, num total de 145 neste ano”, finalizou.
O prefeito Mauro Nazif foi a Brasília cobrar pessoalmente uma posição
do Ministério da Integração Nacional sobre a calamidade pública
decretada há duas semanas. O secretário municipal de Saúde, Domingos
Sávio, anunciou esta semana que há 50 mil habitantes em Porto Velho
sujeitos a contrair doenças transmissíveis pelo contato com água
contaminada nos 12 bairros. "Nossa orientação é que todos os cidadãos
dessas regiões façam exames. As unidades de saúde estão prontas",
afirmou.
Os pacientes estão sendo tratados com base de antibiótico no Centro de
Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron). A unidade preserva nome e até a
idade das pessoas. O primeiro caso revelado á imprensa é o de um menino
de 9 anos, morador do Bairro Teixeirão, que “está tratado”, informou o
secretário. Para ele, é possível que haja uma situação endêmica até
abril, quando, de acordo com as previsões, as águas devem começar a
baixar.
O secretário e o diretor do Lacen reunirão com promotores de Saúde, representantes da Vigilância Sanitária e agentes de combates a endemias para firmarem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), na tarde desta terça-feira (11). "Nós suspeitamos que novos casos já estejam chegando às unidade de saúde. A resposta laboratorial deve ser rápida, para que o tratamento não sofra atrasos”, disse Domingos Sávio.
O secretário e o diretor do Lacen reunirão com promotores de Saúde, representantes da Vigilância Sanitária e agentes de combates a endemias para firmarem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), na tarde desta terça-feira (11). "Nós suspeitamos que novos casos já estejam chegando às unidade de saúde. A resposta laboratorial deve ser rápida, para que o tratamento não sofra atrasos”, disse Domingos Sávio.
O diretor do laboratório informou que 10 sorologias foram feitas nesta
terça, com pedido de urgência dos médicos infectologistas para a
liberação dos resultados. A chefe da Epidemiologia do Cemetron, Stela
Celene, não foi encontrada para falar sobre o estado clínico dos
pacientes.
O nível do Rio Madeira alcançou 19,03 metros na manhã desta
terça-feira. O tenente coronel Demargli Farias, da Defesa Civil Estadual
informou que há 13 mil pessoas atingidas (entre desabrigados e
desalojados), na capital, em 12 distritos de Porto Velho e nas três
cidades em situação de emergência (Guajará-Mirim, Santa Luzia e Rolim de Moura).
fonte: g1
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